Repórter: Daniel Tavares
Repórter Fotográfico: Marco Antônio
O Projeto Respirar, primeiro Ambulatório de Vias Aéreas Pediátricas do Estado, já atendeu quase 180 crianças e realizou mais de 400 exames desde sua criação em fevereiro deste ano. Em apenas 9 meses, o projeto já realizou a retirada da cânula (dispositivo plástico ou metálico que coloca no pescoço para facilitar a respiração ou gerenciar secreções) em 10 crianças alagoanas traqueostomizadas.
A iniciativa, que é gerenciada e custeada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), com o apoio da Secretaria de Estado da Primeira Infância (Secria), e é ofertado no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, em Maceió, viabiliza consultas, exames e demais procedimentos de traqueostomia infantil. Uma equipe multidisciplinar garante o atendimento das crianças que por alguma alteração ou complicação de alguma patologia precisaram usar uma cânula para respirar normalmente.
Beneficiada
A pequena Lorena da Silva foi uma das crianças beneficiadas pela Sesau e que retiraram a traqueostomia. A mãe dela, Joelma da Silva, relatou que se sentiu aliviada com a boa recuperação da filha e agradeceu por toda assistência que recebeu.
“Lorena estava aparentemente normal até que acordou um dia se sentindo fraca, sem conseguir ficar em pé. Fui para o hospital, ela ficou entubada um mês e cinco dias e já saiu de lá com a traqueostomia, que usou por seis meses. Graças a Deus deu tudo certo e a traqueostomia foi retirada. Só tenho a agradecer pelo atendimento e os cuidados que a equipe do Projeto Respirar teve com minha filha”, relatou.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou a importância do projeto na assistência infantil e infantil. “O Projeto Respirar segue transformando vidas de crianças e suas famílias. Estamos muito entusiasmados com os resultados. Por meio desta iniciativa iremos continuar atendendo as crianças que necessitarem deste serviço, assim como determinou o governador Paulo Dantas”, afirmou.
Assistência
O acesso ao Projeto Respirar para uma criança que está fora de uma unidade de saúde se dá por meio do Sistema Estadual de Regulação (Sisreg). Já as que estão em um dos hospitais mantidos pelo Governo de Alagoas podem receber o atendimento quando apresentarem o perfil indicado. Nesses casos, uma equipe especializada é acionada e realiza o diagnóstico das patologias que causam dificuldades respiratórias.
O coordenador do Projeto Respirar, cirurgião torácico Wander Mattos, salientou que a decanulação é o resultado da evolução do tratamento. “É motivo de muita alegria para a equipe. São crianças que agora conseguem ter uma vida plena, normal, frequentar a escola, desenvolver melhor a cognição. Até ações simples, como tomar um banho sem a preocupação de que a água entre pela cânula, já mostram o ganho na vida para essas pessoas”, frisou.