Descrevem rotinas do itinerário do paciente, contemplando informações relativas às ações e atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, a serem desenvolvidas por equipe multidisciplinar em cada serviço de saúde.
Descrever os pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde – RAS, estruturando e fortalecendo a continuidade do cuidado às pessoas e definir um modelo de assistência e ações de vigilância necessárias para manter e promover saúde, prevenindo outras doenças e agravos.
A Hanseníase é doença infecciosa de evolução crônica, de notificação compulsória em todo território nacional, de investigação obrigatória, com comportamento insidioso, podendo promover incapacidades funcionais permanentes, gerando exclusão, estigma e preconceito. Está presente de forma importante em contextos sociais e geográficos que têm em comum o clima tropical, a exclusão social, a escassa oferta de serviços de saúde bem como a fragilidade no enfrentamento da doença na atenção primária à saúde.
É uma patologia de registro milenar que possui cura, com tratamento e acompanhamento ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), tendo nas redes de atenção em saúde (RAS) ações voltadas para: busca ativa para detecção precoce dos casos, tratamento oportuno, prevenção e tratamento das incapacidades, reabilitação, manejo das reações hansênicas e dos eventos pós-alta; investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão, além da formação de grupos de autocuidado.
Em Alagoas, dentre os 102 municípios, 60 registraram casos novos em 2018, totalizando (N=356) e quando observado os últimos 5 anos fechados, que compreende de 2014 a 2018, a soma desses casos representam (N=1.610). Saliente-se, que nesse mesmo período, 11 municípios não registraram casos da doença, o que leva a um questionamento sobre as reais causas desse silêncio.
Ao analisar o ano de 2018, 82,5% dos casos novos foram avaliados quanto à presença de incapacidade física, destes 8,5% possuíam grau de incapacidade física 2 (GIF 2 – deficiências visíveis) no momento do diagnóstico, um resultado 63% maior quando comparado aos casos novos de 2014. Ainda sobre 2018 é importante observar que (56%) dos casos foram avaliados no momento da cura quando ao grau de incapacidade física, sendo a menor proporção dentre todos os anos avaliados.
A taxa de detecção entre menores de 15 anos em 2018 é de (3,1/100 mil em hab.) considerada alta, segundo os parâmetros vigentes (Alto: 2,5 a 4,9/100.000 hab.), demonstrando a transmissão ativa em nosso meio, uma vez que a ocorrência da doença neste grupo etário evidencia a transmissão recente, requerendo, portanto, maiores esforços com vistas à eliminação da doença.
Em Alagoas, dentre os 102 municípios, apenas 53 registraram casos novos de hanseníase em 2020, totalizando 216 casos. No ano de 2021, 47 municípios registraram, até o momento, um total de 127 novos casos (dados tabulados em 10/08/2021. Fonte: SESAU/SUVISA/SINAN-AL/Área Técnica Estadual de Vigilância e Eliminação da Hanseníase) e o restante dos municípios não apresentam nenhuma notificação. Constatando a necessidade de ampliar as discussões e qualificar as informações acerca da Hanseníase no estado de Alagoas foi criado um grupo de trabalho para alinhar fluxos e protocolos que garantam diagnóstico, tratamento e monitoramento dos pacientes acometidos pela Hanseníase.
No entanto, persistem obstáculos importantes ao efetivo controle da hanseníase, podendo citar exemplos reais: baixa adesão das equipes de saúde da família para fechamento de diagnóstico em tempo hábil e seguimento do tratamento, ausência de educação em saúde para a população, ausência da oferta de serviços humanizados pelos profissionais de saúde e o estigma associado à hanseníase.
Todas essas condições corroboram com a necessidade de um aporte de recurso para que possa ser promovida uma maior intervenção quanto ao diagnóstico precoce, bem como do acompanhamento dos casos ao longo de todo o tratamento, exigindo uma atuação mais firme junto aos profissionais de saúde em termos de capacitação, atualização, supervisão e apoio técnico às equipes, bem como da oferta de acesso permanente aos serviços nos diversos níveis de atenção.
A atenção à pessoa com hanseníase, suas complicações e sequelas, deve ser oferecida em toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS) do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a necessidade de cada caso obedecendo aos princípios básicos do SUS.
Pode ser localizado no arquivo “LC de Hanseníase.Final”. Fluxo assistencial:
O grupo de trabalho (GT) da linha de cuidados da Hanseníase em Alagoas foi instituído através da portaria estadual nº 6.198, publicada em 27 de setembro de 2019, onde se iniciou as discussões e elaboração da linha de cuidado da hanseníase na rede de atenção à saúde. No entanto, devido à pandemia no ano de 2020 as reuniões do GT foram suspensas, retomando as discussões e encontros em fevereiro de 2021. Composta, atualmente, pela equipe listada abaixo:
Gerência de Ações Estratégicas – GAEST/SUAS
Ramal: 3315.1140
Email: gaest.sesau@gmail.com
Gerente: Sylvana Medeiros Torres
Gerência de Atenção Primária – GAP/SUAS
Ramal: 3315.2874
Email: gap.sesau@saude.al.gov.br
Gerente: Alexandra Ludugero
Gerência de Controle e Vigilância de Doenças Transmissíveis – GEDT/SUVISA
Ramal:3315.1663
Email: hanseníase.al@hotmail.com
Gerente: Diego P. Gonçalo da Hora
Pé torto congênito (PTC) é uma alteração ortopédica que ocorre na fase embrionária. Um pé com desenvolvimento normal se torna um pé torto durante o segundo trimestre de gestação; por isso, é raramente detectado com ultrassonografia antes da 16ª semana de gestação. O pé torto é uma deformidade do desenvolvimento.
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