A dor da fibromialgia pode ser intensa e incapacitante, mas não provoca inflamações nem deformidades físicas. Entretanto, pode estar associada a outras doenças reumatológicas, o que pode confundir o diagnóstico. Sua definição constitui motivo de controvérsia, basicamente pela ausência de substrato anatômico na sua fisiopatologia e por sintomas que se confundem com a depressão maior e a síndrome da fadiga crônica. Por estes motivos, alguns ainda consideram-na uma síndrome de somatização.

O que causa a fibromialgia ainda não é conhecido especificamente. Estudos mais recentes apontam que pessoas que sofrem com a fibromialgia costumam apresentar sensibilidade maior à dor. Seria como se o cérebro de portadores da síndrome estivesse com um tipo de sistema de nivelamento desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Dessa forma, nervos, medula e cérebro causam estímulos dolorosos com intensidade aumentada. Atualmente, a doença é conceituada como um distúrbio da sensibilização aumentada do sistema nervoso central e disfunções de sistemas descendentes que inibem a dor. Como também, estudos indicam que a doença esteja ligada a diminuição do tamanho e do número de mitocôndrias (mitocondriopatia) e, consequentemente ao aumento de ácido láctico. No entanto, desde 1980, um corpo crescente de conhecimento contribuiu para a fibromialgia ser caracterizada como uma síndrome de dor crônica, real, causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor.

O tratamento para fibromialgia deve ser feito com uma equipe multidisciplinar, com reumatologista, fisioterapeuta ou educador físico, nutricionista, psicólogo e psiquiatra. É necessário entender a doença, eliminando pensamentos negativos e gatilhos relacionados à síndrome e é necessário reconhecer seus limites. Ainda que não tenha cura, o tratamento da fibromialgia a longo prazo apresenta grande melhora dos seus sintomas, permitindo que o paciente consiga manter uma vida ativa e com qualidade. Fique atento ao que lhe causa dor. O paciente com fibromialgia deve ter consciência das atitudes que agravam o seu quadro, como a posição para sentar e a interação com objetos. Qualquer dor diferente do habitual deve ser investigada e tratada adequadamente. O sedentarismo, a privação do sono e a má alimentação piora os sintomas da fibromialgia.

A fibromialgia é considerada uma patologia incurável e uma síndrome idiopática por não ter sua fisiopatologia definida. O portador apresenta sintomas como dor crônica e generalizada, cansaço e dificuldade no sono. É considerada frequente e seu diagnóstico é realizado através da exclusão de outras patologias. Embora ainda não exista um tratamento efetivo, a terapia farmacológica auxilia os portadores a diminuírem os sintomas.

Fonte:COSTA, S. M. L. .; SILVA, M. P. M. P. e .; PINTO, L. P. .; SOUSA, D. L. R. . Clinical aspects and main forms of treatment for Fibromyalgia – Literature Review. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e729119495, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9495. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9495.  Acesso em 05 de fevereiro de 2023.