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Hemoal recebe mais de 16.200 doações de sangue entre janeiro a junho deste ano

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Repórter: Josenildo Törres
Repórter Fotográfico: Olival Santos

 Das 16.246 doações de sangue recebidas pelo Hemoal entre janeiro a junho deste ano, 10.451 ocorreram em ações da Unidade Maceió e 5.795 em iniciativas da Unidade Arapiraca

O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) recebeu no primeiro semestre deste ano 16.246 doações voluntárias de sangue, visando abastecer as maternidades e hospitais que atendem usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram divulgados pela Hemorrede Pública do Estado nesta segunda-feira (29), e são relativos às captações recebidas nos postos fixos e nas coletas itinerantes realizadas nos municípios.

Do total de doações, 10.451 ocorreram nos três postos fixos de coleta da Unidade Maceió e durante ações itinerantes na capital, litorais Norte e Sul, Vale do Paraíba e Zona da Mata. Já o posto de coleta da Unidade Arapiraca – bem como nas ações externas realizadas por ele no Agreste, Sertão e Baixo São Francisco – contabilizou 5.795 doações sanguíneas entre janeiro e junho deste ano.

Ainda conforme o balanço, o maior número de doações recebidas pelo Hemoal ocorreu no mês de fevereiro, quando 2.935 voluntários compareceram aos postos fixos e às ações itinerantes. O mês de abril recebeu o segundo maior quantitativo de doações, com 2.900 bolsas de sangue; seguido pelo mês de maio, com 2.894 unidades. Junho foi o mês com o quarto maior registro de coletas de sangue (2.610 bolsas), seguido por janeiro (2.593) e março (2.314).

Entre os doadores de sangue homenageados está a voluntária Cremilda Barros das Neves, de 69 anos, que é moradora de Atalaia e já fez 43 doações, salvando 172 vidas

Constatação

Entre os voluntários responsáveis pelas doações está a aposentada Cremilda Barros das Neves, de 70 anos, que doa sangue desde 2008 e fez a sua última doação no dia 3 de junho. Impossibilitada de fazer novas doações de sangue, uma vez que neste mês completou 70 anos de vida – idade limite para praticar o gesto voluntário –, ela já realizou 43 doações sanguíneas no total, o que salvaria até 172 vidas, uma vez que o sangue é fracionado em quatro partes iguais.

“Comecei a doar sangue no ano de 2008 e fiz isso durante 16 anos com muito prazer e orgulho. Sei que a cada doação que fiz as minhas células sanguíneas se renovaram. Como a idade limite é 70 anos, não posso mais praticar este gesto nobre e voluntário, mas sempre passo para os meus filhos que sigam meu exemplo”, salienta Cremilda Barros das Neves, que foi homenageada pelo Hemoal em 14 de junho deste ano, Dia Mundial do Doador de Sangue.

A diretora da Hemorrede Pública de Alagoas, médica hematologista Verônica Guedes, destaca que as mais de 16 mil doações de sangue recebidas no primeiro semestre deste ano são fruto do trabalho permanente do Núcleo de Captação de Doadores de Sangue do Hemoal e da solidariedade do povo alagoano. “Além dos nossos bravos servidores, que atuam todos os dias para facilitar e agilizar o acesso dos voluntários à prática da doação voluntária de sangue, é necessário ressaltar o espírito solidário da nossa gente, porque o ato de doar sangue é um gesto altruísta”, frisa.

Em razão das doações de sangue recebidas pelo Hemoalno primeiro semestre, diversas vidas foram salvas em Alagoas, como a da estudante Waleska dos Santos (blusa vermelha), acometida pela doença falciforme

Beneficiados

E graças às 16.246 doações voluntárias, milhares de alagoanos tiveram suas vidas salvas no período de janeiro a junho deste ano, a exemplo da paciente do Ambulatório de Hematologia do Hemoal, Waleska Santos, de 22 anos. A estudante é acometida pela doença falciforme, caracterizada por alterações nas hemácias, que adquirem o formato de uma foice, dificultando a circulação e a chegada do oxigênio aos tecidos.

Devido à doença, que é genético-hereditária, Waleska Santos tem muitas crises e, com isso, periodicamente recebe transfusões sanguíneas, necessárias para estabilizar seu quadro clínico. “A maioria das pessoas que doam sangue o fazem sem saber para quem esse precioso líquido vai ser destinado. Mas saibam que muitas pessoas precisam do sangue para sobreviver, como é o meu caso. Por isso, gratidão, do fundo do meu coração, a quem se dispõe a praticar este gesto nobre”, agradece emocionada, ao lado da mãe, Odinete Maria dos Santos.

A diretora da Hemorrede Pública de Alagoas, médica hematologista Verônica Guedes, destaca que as mais de 16 mil doações de sangue recebidas são fruto do trabalho permanente do Núcleo de Captação de Doadores de Sangue do Hemoal e da solidariedade dos alagoanos

Critérios para Doação de Sangue

Para doar sangue, é necessário estar em boas condições de saúde e alimentado, ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar no mínimo 50 quilos e portar um documento de identidade original com foto. É preciso evitar a ingestão de alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e respeitar o prazo de 12 horas para o caso de bebidas alcoólicas, além de ter dormido pelo menos 8 horas na noite anterior. Se fez tatuagem, maquiagem definitiva ou colocou piercing, deve-se aguardar 12 meses.

Caso esteja com sintomas de gripe ou resfriado, o voluntário não deve se candidatar à doação de sangue. O recomendado é doar sangue antes de se vacinar contra a Covid-19 ou a Influenza, mas, caso já tenha se imunizado, é necessário respeitar um intervalo. No caso da vacina contra a Influenza, o impedimento temporário é de dois dias, assim como deve ocorrer no caso da vacina CoronaVac, destinada à Covid-19. Já se os imunizantes contra o novo coronavírus forem da AstraZeneca, Pfizer, Pfizer Bivalente ou Janssen, o intervalo deve ser de 7 dias.

“Ficam impedidos de doar sangue, permanentemente, as pessoas que tenham tido hepatite após os 11 anos de idade, doença de Chagas, sífilis, hepatite e portadoras do vírus HIV. Mulheres ficam impedidas de doar sangue se estiverem grávidas ou amamentando e, para repetir o procedimento, é estipulado um prazo de três meses para elas e de dois meses para os homens”, informa Verônica Guedes.

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