Repórter: Marcelo Alves / Ascom Sesau
Fotos: Cortesia
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está capacitando profissionais de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) alagoanas para qualificação do diagnóstico dos vírus das arboviroses em tempo oportuno e de forma eficaz. As arboviroses são doenças virais que podem ser transmitidas através de carrapatos e da picada de mosquitos, sendo as mais conhecidas da população a dengue, zika e chikungunya.
O coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, médico veterinário Clarício Bugarim, disse que as ações têm produzido impacto direto na redução de mortes e formas graves da dengue, pois permitem a detecção precoce e o tratamento adequado dos casos mais críticos. “O objetivo é diminuir a letalidade e os casos graves da dengue, garantindo intervenções rápidas e adequadas. Além disso, essa capacitação fortalece as ações preventivas e melhora a orientação à população”, frisou.
Além de não haver registro de morte por dengue, zika ou chikungunya neste ano, Bugarim ressaltou que a Sesau tem alcançado importantes avanços no combate às arboviroses, a exemplo da redução de mais de 60% no número de casos de dengue, como foi divulgado no início deste mês. “Esse avanço é resultado de um conjunto de ações coordenadas, incluindo intensificação das campanhas de conscientização, mobilização da comunidade e fortalecimento da vigilância epidemiológica”, destacou.
Para se prevenir da dengue, zika e chikungunya, o coordenador do programa enfatizou que é fundamental a participação da população nas ações preventivas, por meio da limpeza das residências, com o objetivo de eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças. “Evite o acúmulo de água em locais como vasos de plantas, pneus, garrafas e caixas d’água, onde o mosquito se reproduz. Use repelentes, especialmente em áreas de risco, e utilize telas em janelas e portas para evitar o contato com os mosquitos”, informou.
No caso de sintomas como febre, dores no corpo e nas articulações, manchas vermelhas na pele, ou dor de cabeça intensa, Bugarim orientou que se deve procurar atendimento médico para diagnóstico e acompanhamento adequados. “Vale destacar que é comum haver registro de casos para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti após os períodos de chuva”, afirmou.
Quanto aos grupos vulneráveis à dengue, o coordenador do programa citou que as crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades (como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, entre outras) são as mais suscetíveis. Entretanto, ele frisou que as pessoas com histórico de infecção anterior por dengue, bem como a população que reside em áreas de risco, como aquelas com muitos focos do mosquito transmissor ou em condições sanitárias inadequadas, também estão no rol do grupo das pessoas em vulnerabilidade.
Capacitações
A equipe do Programa Estadual de Combate das Arboviroses da Sesau já promoveu capacitações nas UPAS Jaraguá, Cidade Universitária, Jacintinho, Tabuleiro do Martins e Chã da Jaqueira, em Maceió. Já no interior, a primeira contemplada foi a de Coruripe, no Litoral Sul do Estado.
“Para o mês de abril já estão programadas capacitações que terão como tema ‘Classificação de risco da dengue e as metodologias diagnósticas para as arboviroses’. Estamos fortalecendo as ações preventivas e melhorando a orientação da população, por meio de um trabalho integrado e constante”, assegurou Clarício Bugarim.
