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HGE conta com fonoaudiólogos que contribuem para uma melhor recuperação dos pacientes

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Repórter: Thallysson Alves
Repórter Fotográfico: Thallysson Alves

Fonoaudiologia é uma das especialidades necessárias para diminuir dificuldades de sucção, deglutição e respiração nos pacientes

O fonoaudiólogo avalia, diagnostica, trata e orienta pessoas sobre questões de comunicação, deglutição e equilíbrio. Ele está presente nas maiores unidades de saúde, como o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, que é referência no atendimento de urgência e emergência para casos de média e alta complexidade, sendo imprescindível na minimização dos riscos de desnutrição, desidratação e complicações pulmonares.

As unidades de Terapia Intensiva (UTIs), de AVC (UAVC), de Dor Torácica (cardiologia) e as áreas Amarela e Azul contam com a presença dos fonoaudiólogos. Eles previnem e minimizam complicações clínicas e também são determinantes no processo de reabilitação de sequelas de doenças crônico-degenerativas, realizando, inclusive, avaliações sobre o processo mais seguro para alimentação.

“Nós podemos realizar uma triagem nesses pacientes para identificar aqueles que precisam dos nossos cuidados. Por exemplo, na Pediatria, nós ajudamos as crianças que têm dificuldades de sucção, deglutição e respiração. Nas UTIs, fazemos parte da equipe multidisciplinar que atua no processo de retirada da cânula de traqueostomia. E na Unidade de AVC, podemos estimular a fala dos pacientes que estão se recuperando da paralisia que sofreu”, pontuou o coordenador Denisson de Melo.

Maria Marta precisou de sonda para se alimentar sem riscos à saúde durante a sua recuperação de um AVC

Beneficiada


A marisqueira aposentada Maria Marta Guilherme da Silva, de 75 anos, está internada na Unidade de AVC. Ela foi admitida no último dia 3 de dezembro com um Acidente Vascular Cerebral do tipo isquêmico. Como chegou fora do “tempo de janela”, que é de quatro horas e meia após o início dos sintomas para a realização da trombólise, o seu processo de recuperação exigiu ainda mais esforços da equipe multidisciplinar.

“Ela chegou com os níveis glicêmicos e da pressão arterial altos. Também apresentava hemiparesia do lado esquerdo e dificuldade para se comunicar. Então, toda a equipe iniciou abordagens que tiveram como objetivo a identificação da causa do AVC para a realização do melhor tratamento. Combinado a isso, a Fonoaudiologia se inseriu com a definição do melhor processo de alimentação, evitando a broncoaspiração, diminuindo o risco de infecções pulmonares e proporcionando uma boa evolução do quadro clínico”, detalhou a fonoaudióloga Thamara Vieira.

A comunicação dos pacientes do HGE com os profissionais também é beneficiada pelo tratamento fonoaudilógico

Maria ainda não possui previsão de alta hospitalar, tem dificuldades para se comunicar, mas se recupera bem e a expectativa é de que volte logo para casa, na Massagueira, em Marechal Deodoro, para curtir o Natal com seus nove filhos, que presentearam com noras, genros e netos. A vontade dela, bem como de seus entes queridos, é que esse retorno traga melhores hábitos de vida, que inclui uma alimentação mais saudável, o descanso, o uso correto de medicações e a busca regular pelos check-ups com a saúde.

“A reabilitação fonoaudiológica deve ser iniciada o mais cedo possível, pois quanto mais cedo o tratamento começar, maiores são as chances de recuperação completa ou significativa. Exercícios respiratórios, de fortalecimento da língua, sons da fala, práticas de imagem e frase ajudam na recuperação após um AVC. A afasia, perda parcial ou total da capacidade de expressar ou compreender a linguagem falada ou escrita, é uma das sequelas mais comuns do AVC, assim como a disfagia, que é o distúrbio da capacidade de engolir”, acrescentou a fonoaudióloga do HGE.

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