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Uma pessoa pode salvar até oito vidas através da doação de órgãos e tecidos

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Repórter: Neide Brandão
Repórter Fotográfica: Neide Brandão

Durante todo o mês, a OPO do HGE, em parceria com a Central de Transplantes, realizou eventos nos hospitais alagoanos e UPAs

Bolas verdes em arco e a frase “Pense com amor, doe órgãos e salve vidas”, fizeram parte das boas-vindas aos profissionais do plantão desta quarta-feira (27), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. A iniciativa faz parte das ações do Setembro Verde, no Dia Nacional da Doação de Órgãos, data alusiva à conscientização sobre a importância do ato capaz de salvar até oito vidas.

Durante todo o mês, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HGE, em parceria com a Central de Transplantes de Alagoas, realizou eventos na maior unidade hospitalar do Estado e nos outros hospitais alagoanos e UPAs. Além de panfletagens, foram promovidas palestras com os profissionais da área, para sensibilizar e incentivar a doação.

Nesta semana foram realizadas rodas de conversa com os profissionais da equipe multiprofissional do HGE. Segundo Claudete Balzan, enfermeira do Núcleo de Educação Permanente (NEP) da Central Estadual de Transplantes, foram debatidos temas como a assistência ao potencial doador no HGE, os princípios éticos, técnicos e legais que norteiam o processo de doação.

“Também foram apresentadas algumas causas mais comuns de negativa familiar em relação à doação de órgãos e tecidos. Abordamos a questão do acolhimento familiar precoce como um dos fatores favoráveis à doação. Foram momentos muito ricos, com uma troca de experiência relevante, onde abordamos alguns mitos que cercam o processo de doação e como é possível se tornar um doador de órgãos”, ressaltou.

Claudete Balzan e Eleonora Carvalho promoveram ação de conscientização nesta quarta-feira (27) no HGE



De acordo com Claudete Balzan, há 486 pacientes na lista de espera aguardando por um órgão para melhorar sua qualidade de vida e continuar vivo. “Temos uma taxa de recusa familiar acima de 45% e um dos maiores motivos de recusa é justamente o desconhecimento da família do desejo do doador. Por isso, neste dia em que homenageamos os doadores de órgãos, buscamos sensibilizar as pessoas para que elas escolham ser doadoras e perpetuar sua vida em outras vidas”, salientou, acrescentando que, para ser doador, basta comunicar a família este desejo.

A doação de órgãos é realizada somente mediante autorização da família e, por isso, a pessoa deve avisar aos familiares sobre a vontade de se tornar doador. Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e também tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões podem ser doados. Um único doador pode salvar até oito vidas e qualquer pessoa pode doar. A doação de rins ou parte do fígado pode ser feita em vida, para um familiar próximo. Quando esse tipo de doação for para uma pessoa não pertencente à família, é necessária uma autorização judicial.

A doação é realizada somente mediante autorização da família e, por isso, a pessoa deve avisar aos familiares sobre a vontade de se tornar doador

Conscientização
Claudete acrescentou que, no Dia Nacional da Doação de Órgãos, a Central de Transplantes agradece de forma especial às famílias doadoras, que num momento de absoluta dor, escolheram a generosidade e o amor ao próximo, dizendo sim à doação.

Já Eleonora Carvalho, coordenadora de enfermagem da OPO do HGE, enfatizou a importância do ato de doar órgãos. “É um ato nobre de amor e caridade ao próximo. A sociedade precisa se conscientizar da importância da doação, a família precisa saber, ainda em vida, do desejo de seus entes queridos de doar órgãos. Só a doação é capaz de transformar a espera em esperança”, enfatizou.

Ela acrescentou que a OPO realiza ações de incentivo à doação de órgãos o ano inteiro. “Nosso maior objetivo é diminuir a fila de espera e proporcionar aos pacientes e seus familiares uma melhor qualidade de vida”, pontuou.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destacou o aumento de 12% no percentual de transplantes realizados em Alagoas nos primeiros oito meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. “Este crescimento representa o esforço dos técnicos que integram a Central de Transplantes de Alagoas. Contamos com uma equipe altamente qualificada e comprometida, que não mede esforços para conscientizar e realizar a captação de órgãos”, ressaltou o gestor da saúde estadual.

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